HISTÓRIA DA CAPOEIRA
A capoeira na sua mais completa definição e formação, nasceu no Brasil. Com o início da colonização, os portugueses viram no trabalho escravo um instrumento para o desenvolvimento desejado. A saída encontrada pelos colonizadores foi a escravidão negra, o tráfico de homens negros, trazidos do continente africano para o início de grande saga que marcou a sociedade brasileira: o período das torturas, a lei da chibata e da morte como reguladora das relações de trabalho. Um povo passou a viver na escravidão. Assim, já no início do século XVI, milhares de africanos foram desembarcados em terras brasileiras. Inicialmente foram mão-de-obra nos canaviais e depois na mineração e em outras atividades produtivas.
A origem do termo, que a maioria dos etnólogos acredita que seja originário do tupi-guarani, “caa” significa mato e “puera” que foi mato. Nenhum povo vive eternamente sob o jogo da escravidão sem se revoltar. Com o negro no Brasil não foi diferente, para realizar as fugas, o negro entendeu que precisava lutar, pois não tinham acesso a armas nem a qualquer outro recurso de guerra. Tornou-se necessário praticar, treinar e organizar os movimentos conhecidos em forma de luta. Para isso era necessário afastar-se das vistas dos feitores e guardas das fazendas, engenhos e minas. O negro não aceitava a condição de escravo nem os métodos desumanos da escravidão. Lutava, fugia, procurava ganhar forças junto a outros setores da comunidade. Em suas fugas utilizava-se da capoeira para o enfrentamento com os seus opositores. Embrenhava-se no mato, procurava um lugar onde a água fosse boa e a terra generosa e que fosse de difícil acesso.